domingo, 30 de janeiro de 2011

A "Heroína"

Não, o livro em questão não possui nenhuma personagem que seja digna de ser chamada de heroína. Pelo contrário, a heroína em questão foi a grande vilã da história em “Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída...”. A menina Christiane pôde descobrir isso muito cedo. Tendo saído de sua casa numa região rural ainda criança, a menina passa a morar na capital da Alemanha, Berlim, em um enorme grupo habitacional de edifícios chamado Conjunto Gropius. É lá que ela encara centenas de placas de “Proibido”, um pai que vive lhe deixando hematomas e uma mãe omissa a todos os seus problemas. Querendo incluir-se em um grupo de pessoas que sempre admirou, já aos 12 anos, Christiane F. começa sua jornada pelo mundo da maconha, LSD, drogas farmacêuticas e até da temida heroína. A garota recorre a pessoas e lugares que a levam cada vez mais a “se livrar” de seus problemas se entupindo de drogas. Até o momento que se encontra presa e confusa entre o desejo de sair da vida que a empurra para o seu túmulo e a vontade monstruosa de se picar com a heroína que não demora a torná-la uma dependente.
A história verídica de Christiane se passa na Alemanha na década de 1970 quando o problema com mortes por overdose é alarmante para o povo e o governo. A história é contada em primeira pessoa com relatos totalmente verdadeiros da menina que aos 13 anos já era uma dependente química, se prostituía para se drogar e era levada com certa frequência a cadeia. “Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída...” é um livro forte que marcou uma época, é um clássico do gênero. É uma história sobre juventude, drogas, infância perdida, autodestruição e, sobretudo, sobre a realidade.

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