quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

"Há um jeito de ser bom de novo"

"Eu me tornei o que sou hoje aos doze anos, em um dia nublado e gélido do inverno de 1975. Lembro do momento exato em que isso aconteceu, quando estava agachado por detrás de uma parede de barro parcialmente desmoronada, espiando o beco que ficava perto do riacho congelado. Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar(...)"

“O Caçador de Pipas” é um desses romances atuais apreciados por milhões de pessoas e que ficam gravados em sua memória. O autor do livro, o afegão Khaled Hosseini, usa o mesmo cenário de sua infância para relatar a história de Amir. O menino que tem sangue pashtun em suas veias, o sangue que é pertencente a elite no Afegnistão. Órfão de mãe, vive com o pai rico e dois criados, Hassan e seu pai. Hassan é hazara, a considerada escória no país. Amir é rico. Hassan é pobre. Amir estuda. Hassan não sabe ler. Amir é invejoso. Hassan é leal. Os dois acabam por criar uma grande amizade, mas o destino, a guerra, e as ambições de Amir vão separá-los inevitavelmente. Anos depois, o garoto rico, que virou homem, terá que enfrentar os erros de seu passado, encará-los e se render. É uma bela história sobre amizade e redenção.


A Crítica Pessoal

Esse livro me marcou profundamente, possui aqueles personagens que ainda consigo me lembrar perfeitamente. Você vai sentir raiva a ponto de querer queimar o livro quando estiver lendo, apenas para se livrar daquelas tristes palavras “Saí correndo...”. Mas, ao mesmo tempo, vai querer ver o personagem até o fim na sua jornada de redenção. É uma história triste que relata também uma época, a invasão do Afeganistão. Vai mostrar a agonia de um povo, o preconceito e a violência. É fascinante! Sem dúvida é uma obra de um grande autor!

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